segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Fazendo a notícia - Jornalismo Participativo e suas consequências

O post de hoje tem como tema o Jornalismo Participativo, que se dá pela atuação de pessoas que, por meio de tecnologias diversas, se expressam a respeito de eventos, fatos e/ou situações cotidianas. Essa é uma outra forma de Jornalismo que permite a qualquer indivíduo a transmissão de conteúdos para a comunicação de massa.




As tecnologias digitais de comunicação e informação têm modificado de maneira significativa o campo da comunicação. O jornalismo,portanto, não escapa de tais influências.

A necessidade que o ser humano tem em se comunicar tornou-se fato desde os primórdios, com a mímica, fumaça ou qualquer sinal que demonstrasse o que o outro sentia - isso, antes da criação das línguas.
A partir do alfabeto, escrita e imprensa, cada sociedade passou a comunicar-se uma com a outra, transmitindo valores, conceitos, fatos e idéias remetentes ao homem e sua vida.

Na década de 90, o Jornalismo (portanto a Comunicação) passou por mudanças significativas, passando a atuar não apenas como suporte, mas como uma maneira diferente de se produzir e reproduzir notícias, a partir da difusão do computador, da Internet e das tecnologias disponíveis. Isso permite uma interatividade, 'quebrando' fronteiras da Comunicação.

Tudo isso é resultado da nova estrutura estabelecida a patir do surgimento de inovações tecnológcas, e é disso que surgem novas experiências como o Jornalismo Online.

O OhMyNews é exemplo dessa 'remodelação' jornalística. Criado pelo jornalista Oh Yeon Ho, o site foi desenvolvido em um momento em que a Coréia sofria os reflexos da ditadura da década de 80, com a impossibilidade de livre opinião, devido a qual a sociedade buscava novas soluções para exprimir as suas idéias. Hoje, o jornal (inglês e coreano) reúne mais de 5 mil cidadãos-repórteres.

Ao fazer uma mátéria, o repóter não expressa sua opinião: ele é preciso, objetivo e busca sempre alcançar o mais próximo da verdade, se distanciando de argumentos que vão de acordo com o que acredita. O jornalista é, portanto, isento de opinião.

A democratização jornalística proporcionada pelas novas tecnologias disponíveis no cenário atual faz com que existam maiores e novas formas de nos comunicarmos. Tais transformações na prática jornalística, na minha opinião, favorecem a Comunicação, uma vez que abre-se as possibilidades de interação - o jornalismo, agora, é em 'tempo real'.

Graças a Internet, o jornalista não é mais o único transmissor da informação, e cabe ao profissional adaptar-se a tal mudança. Por outro lado, apesar de haver muitas vantagens quanto à transmissão de notícias em tempo atual, devemos sempre estar atentos à veracidade do conteúdo. Até que ponto o jornalismo online e todas as novas formas de transmissão de idéias no cenário atual é qualitativa? Faz-se necessário atualmente que os jornalistas (e aos cidadãos em geral, também) passem a filtrar o que encontram na net - e, assim, os cidadãos comuns atuam como gatekeepers e os profissionais como gatewatchers.