domingo, 3 de junho de 2007

Secretaria de Saúde prevê melhorias nas policlínicas

Conforme sugerido pelo Professor, segue o texto que será publicado na última edição semestral do AGÊNCIA FACOS.
A edição especial foi intitulada "Uma manhã nas policlínicas". Cada um da turma ficou responsável por uma unidade de Santos. Ao todo, cerca de 12 policlínicas foram visitadas.
Após a visita, fiquei encarregada de conversar com a Secretaria de Saúde de Santos, para saber se algumas reclamações procediam, e quais são os planos para as policlínicas da Cidade.




Secretaria de Saúde prevê melhorias nas policlínicas

Diante das reclamações de usuários das policlínicas, a chefe do Departamento de Atenção Básica de Saúde, Carla Nascimento, afirma que em 2005 foi feito um relatório para verificar todas as Unidades Básicas de Saúde de Santos e, a partir dos dados recebidos, realizadas as intervenções necessárias.

Cerca de 15 unidades já foram reformadas, todas com base no cronograma da Secretaria de Saúde. “Recuperação, ampliação e até mesmo procura por novos imóveis fazem parte das melhorias que realizamos”.

Os projetos de reforma das demais policlínicas estão em fase final. No bairro da Aparecida, a proposta é ampliar a recepção, entrada de deficientes e melhorias em geral. Quanto à demora para agendar exames cardiológicos – fato relatado nas seções da Aparecida e Gonzaga – Carla explica: “Existe uma central de regulação de vagas que disponibiliza exames e consultas de especialidades. O tempo varia de acordo com a demanda, que geralmente é grande”.

O chefe do Departamento de Atenção Especializada, Heitor José Tavares de Oliveira, diz que não há médicos suficientes para atender a demanda. “Vamos contratar mais especialistas, como ortopedistas, oftalmologistas, dermatologistas e cardiologistas, que são os mais procurados. Os médicos já podem enviar seus currículos”.
A policlínica do Gonzaga também será mudada. Carla Nascimento diz que a recepção será do lado de fora da unidade, para que as pessoas tenham mais espaço e não precisem esperar em pé.

Usuários da policlínica do Valongo questionaram a demora do atendimento. Carla justifica o atraso devido às cirurgias que muitos médicos fazem antes da consulta, ou a algum problema eventual que tenha acontecido naquele dia.

Nas policlínicas do Valongo e Jabaquara, a falta de medicamentos também foi motivo de reclamação. De acordo com a Secretaria de Saúde, ano passado foi feita uma revisão de cotas e, se houve atraso, provavelmente era pontual, uma vez que o fornecimento de remédios já teria sido regularizado.

Nesses dois bairros, outra reclamação era quanto à falta de higiene. A Secretaria de Saúde divulgou que isso será verificado, alegando que a equipe responsável pela limpeza está completa, assim como a dos médicos.

Sobre o mau cheiro na policlínica do Valongo, Carla Nascimento afirma que é devido à estrutura do prédio, que tem problemas. “Já tampamos ralos, temos auxiliares de limpeza, mas alguma coisa na estrutura causa o problema. Nem mesmo engenheiros sabem dizer o que é”, completa.

Sobre a unidade do Jabaquara, a assessora de imprensa afirma: “É uma das policlínicas mais completas, mal temos reclamações”.

Reclamações - As Conferências de Saúde verificam as diretrizes e revêem os planejamentos do setor, por meio da participação da população nas pré-conferências. Porém esta não é a única forma de expressar insatisfação e fazer sugestões ao setor de saúde. “O ideal é falar com o chefe da policlínica e, na ausência deste, comunicar um enfermeiro do local”, afirma Carla Nascimento. A Secretaria de Saúde também realiza ações a partir das denúncias recebidas por meio da Ouvidoria Pública. O telefone é 0800-112056.

Serviço - Todas as policlínicas da Cidade realizam os principais programas da Secretaria de Saúde e contam com médicos pediatras, clínicos gerais, dentistas e ginecologistas.

Além disso, realizam prevenção da saúde bucal, tuberculose, controle do tabagismo e terapia comunitária – as duas últimas implantadas recentemente.

Nas policlínicas também há monitoramento de doenças sexualmente transmissíveis, Aids e hepatite, além de vacinações. Existem também Oficinas de Integração e Humanização dos funcionários, para melhoria do atendimento.


Ana Paula Peixoto Borges